terça-feira, 22 de junho de 2010

Pendurada nas cortinas



É muita ironia eu ser assim tão teatral. Toda drama. Dramaqueen.

No fundo deve ser uma defesa. Assim mesmo, mas funciona mais como doença auto-imune.

É. Nesse esquema.

Eu que toda tímida, tento passar invisível não consigo. Sou exagerada, estranha e escancarada. Autentica. Não que queira ser idêntica, mas não quero chamar atenção de ninguém com isso. É o diferente, é o incompreendido que chama atenção.E a incompreensão esta bem longe do meu objetivo.

Eu só queria que não houvesse falhas de comunicação.

Tudo vira pó. Pois todo o ilusionismo causa impressões diferentes. Eu nunca vou ser o que eu sou, porque as pessoas amam quem eles vêem, que não sou eu, é ela. E eu os amo como vejo, que talvez nem seja eles. Eu não sei.

É muita ironia eu ser desse jeito.Logo eu que não minto, estimulo esse medo, pelo meu exagero. Que é tão natural aliás, que eu nem percebo.

Eu sou uma criança, e realmente gargalho com um livro, sorrio com um doce, deliro com um filme. Sou um serzinho que salta de felicidade por vislumbrar um amigo.

Sou uma criança, uma eterna criança, que nunca passou da idade dos bonequinhos, dos animaizinhos, do correr na rua e fazer voz esganiçada pra imitar os outros.

Sou uma criança e uma criança de saudades.

Estou rosa, azul, verde, e vermelho mesmo. Eu não sou de plástico.

Nenhum comentário:

Postar um comentário